O Campus Umuarama recebeu a instalação da Estação de Sistema de Navegação Global por Satélite – GNSS – Campus Umuarama

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O Campus Umuarama recebeu a instalação da Estação de Sistema de Navegação Global por Satélite – GNSS

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Por meio de convênio entre a Universidade de São Paulo (USP), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto Federal do Paraná (IFPR), o Campus Umuarama, a Unidade recebeu uma Estação de Sistema de Navegação Global por Satélite – GNSS (Global Navigation Satellite System).

A instalação desta estação tem por objetivo coletar dados para o desenvolvimento do Projeto Três Bacias (Pantanal­, Chaco, Paraná Basins (PCPB): Crust and Upper Mantle Seismic Structure and Evolution), coordenado pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP) em parceria de outras instituições como INPE, IBGE, Instituto Federal do Paraná (IFPR), Instituto de Integração Técnico-Profissionalizante (ITP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Universidades de outros países como Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai, Espanha, Estados Unidos e Inglaterra. E visa estudar características importantes da estrutura profunda na parte oeste do Brasil (e países vizinhos) para investigar várias questões abertas sobre a evolução crustal das Bacias do Pantanal, Chaco e Paraná.

Tem a finalidade ainda de coletar sinais das constelações do Sistema de Navegação Global por Satélite (GNSS), tais como o sistema GPS americano e o sistema GLONASS russo. Esses dados permitem realizar cálculos de posicionamento de alta precisão (milímetros), com as quais é possível estudar os movimentos horizontais e verticais relativo entre as placas tectônicas e entre províncias intraplacas; estudar deformações crustais em escala regional, associadas a movimentos tectônicos, isostáticos e deslocamentos de massas. Por se tratar de processos muito lentos (centímetros por ano), as medidas devem ser feitas por um longo período de tempo, da ordem de décadas.

Os dados da estação GNSS, quando disponibilizados em tempo real de forma contínua e ininterrupta, têm ampla utilidade na sincronização e cinética dos sistemas tecnológicos modernos. Por exemplo, na área de navegação (aérea, marítima, ferroviária, rodoviário), cartografia, agricultura de precisão, levantamentos geofísicos e topográficos, engenharia civil, definição georreferenciada dos limites do país, estados, municípios, de áreas desmatadas, de propriedades particulares. Os dados também são usados em estudos de meteorologia e clima espacial.

Os dados em tempo real são disponibilizados através da incorporação da estação GNSS à Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) do IBGE. Desta forma, as coordenadas da estação GNSS são outro componente importante na composição dos resultados finais dos levantamentos referenciados ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), além de fazer parte da Rede de Referência SIRGAS (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas), cujas coordenadas finais têm precisão da ordem de ± 5 mm, configurando-se como uma das redes mais precisas do mundo. Outro papel importante da RBMC, é que suas observações vêm contribuindo, desde 1997, para a densificação regional da rede do IGS (International GNSS Service), garantindo uma melhor precisão dos produtos do IGS, tais como órbitas precisas, sobre o território brasileiro.

Também são coletados dados meteorológicos de temperatura, umidade e pressão atmosférica do local. Com isso é possível calcular o vapor d’água integrado, além do outros parâmetros atmosféricos, como o atraso zenital e o conteúdo total de elétrons. Esses dados são importantes, tanto para a pesquisa, como para gerar correções a serem aplicadas a qualquer levantamento topográfico de precisão e similares que usem sistemas GNSS.

O Campus Umuarama do IFPR é um dos 15 locais de instalação das Estações GNSS permanentes propostas pelo projeto, que estão sendo instaladas e operadas pelo IAG-USP e INPE. As estações permanentes operam com receptor / antena GNSS e sensores meteorológicos ligados à conexão Internet para transmissão em tempo real.

Os recursos financeiros para desenvolvimento do PROJETO TRÊS BACIAS foram disponibilizados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), por meio da concessão formalizada pelo Termo de Outorga relativo ao Auxílio à Pesquisa – Projeto Temático, processo FAPESP 13/24215-6. Assim, os custos de transporte e de instalação das estações ocorreram por conta do projeto FAPESP, como os custos das viagens de campo dos técnicos da IAG-USP e INPE. Em contrapartida, o IFPR concedeu o espaço para a instalação e um ponto de internet e não se responsabilizará por nenhum custo de manutenção da estação do projeto.

A instalação de uma estação é um ganho muito importante para a IFPR, em especial para o Campus Umuarama , uma vez que trará benefícios em diversas esferas.

“Como na formação dos acadêmicos, em especial no ensino, na pesquisa (uma vez que o Campus Umuarama oferece um Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade), e na extensão, onde a sociedade terá a oportunidade de conhecer, no campus do Instituto Federal, uma estação GNSS-meteorológica e suas funções. Além disso, contribuirá com a divulgação do nome da IFPR, pois os dados integrarão a Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS (RBMC) coordenada pelo IBGE e serão disponibilizados na Rede Mundial de Computadores. O firmamento do convênio envolvendo outras instituições do Brasil e de sete países contribui e fortalece para a internacionalização do Instituto Federal do Paraná e abre oportunidades para novos projetos e parcerias”, ressaltou o Diretor Geral do Campus Umuarama.

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